terça-feira, 21 de outubro de 2014

Uma pausa pra reflexão.

Uma pausa pra reflexão.
''Eu me conheço. E não pensem que optei por ser sozinho boa parte da vida, pelo simples fato de gostar ou querer. Eu sou chato, bobo, irritante, egoísta e egocentrista. Sou imaturo, inseguro, inquieto. Quando chego a falar alguma coisa que poderia ter adormecido no silêncio e no esquecimento, obviamente já estava com o pino da panela de pressão emocional por um triz de explodir.
Sou ranzinza. Tenho 200 anos num corpo de 37. Sou babão e até certo ponto bundão.
Nunca gostei de meio-termo pra nada. Meu café forte vai do mais doce ao mais amargo. Minhas doses sempre foram intensas e letais.Talvez um amargor que carrego na alma seja intransferível ou inigualável. Mas mesmo com tudo isso sei AMAR E ME DOAR.
Sei que exagero no meu modo de ser ou agir. Sou pura adrenalina e impulsão. Se quero namorar, é pra compromisso sério. Não passatempo nem aventuras marginais que começam numa mesa de bar ou balada, e terminam na maioria das vezes em motéis de beira de estrada, no entorpecimento do corpo pelo álcool e na ilusão de ter sido amado(a)... por apenas uma noite.
Ninguém merece vender, comprar ou ganhar algumas 'meias-horas de prazer e luxúria' temporários... Tudo que é metade não merece destaque, até porque não preenche copo, nem prato, tampouco um coração sozinho, um sentimento triste vulgar, solitário e barato...
Pena e lamento de corações amargurados pelo pseudo amor. O ''amor de verão'', que vem e vai como uma andorinha que apenas deixa o rastro de um vôo cego.
'Amores de balada', que duram uma noite e mais parecem uma piada...
Uma piada vil e sem graça. Daquelas contadas pelo comediante mais falido, pelo palhaço do sorriso triste, e que necessita achar graça de si mesmo e olhar um espelho onde tem refletido a imagem de sua própria frustração e derrota de seu íntimo.
Se eu me importo, eu jogo as cartas na mesa. Eu bato pé e faço birra. Eu trombo a cara e faço manha. E mesmo assim eu sei amar. Um amor conflitivo e dualizado entre o alfa e o ômega. Mas nunca entre o frio e o gelado. Mesmices são figurinhas repetidas. E figurinhas que sobram no álbum não merecem destaque. Merecem descarte.
No dia em que eu te magoar com palavras, pode ser que por trás delas eu tenha te amado com atitudes. Muitas vezes mal codificadas e interpretadas. Mas cheias do mais intenso e verdadeiro sentimento de carinho. Um carinho bretão, grosseiro e ogro, talvez.
Mas ali estou sendo eu.. Eu. Sem a ilusão das máscaras que rondam as noites e as promessas de um 'felizes p/ sempre' apenas p/ te usar por alguns instantes e, como um vampiro saciado, buscar sangue e energia em novas presas fáceis e ludibriadas por meia-dúzia de palavras filosóficas de almanaque de banca de jornal.
Eu te busco na minha ignorância. Eu te quero na minha pequenez. Eu te quis entre os piores espinhos, apenas por te enxergar ainda que despetalada pelo tempo e pela chibata do vento, uma rosa singela, que pode ter a chance de aflorar novamente.
Meu amor é ríspido. Minha palavra é dura. Meu coração é mole... Minha insegurança é infantil. Meu medo é maior. Mas meu amor é só teu.
Se quiser é assim. Assim sou eu..
Não sei mudar. Não sei interpretar. Sei viver e deixar viver. Mas uma coisa eu afirmo: eu sei amar. Mesmo com esse meu jeito estranho de ser..."
‪#‎Desabafo‬( Nel Carvalho)

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Alguém disse...

A mulher madura não dá tchau... ela acena. A mulher madura não gosta de ser vigiada... ela prefere ser escoltada. A mulher madura não é mode...