sábado, 19 de dezembro de 2015

por Matheus Medeiros

A gente vai vivendo e vai conhecendo gente. A gente conhece gente que a gente achava que conhecia, e vai reconhecendo gente que a gente jurava nunca ter visto. 
A gente conhece gente capaz de doar-se sem ter o mínimo laço com a gente. E conhece também, gente que vive com a gente e não é "gente da gente". Durante todo o percurso, encontramos gente especialista em por a gente pra baixo, achando que assim está nos fazendo um bem – acredite, há quem é capaz de purgar seu próprio veneno e maquiar sua própria mancha. Gente confusa! De repente, a gente olha com cuidado e vê gente que passa por cima de tudo para dar o troco sem nunca ter sido ofendido por nada, nem ninguém. Gente que quando olhamos bem de perto deixa clara e evidente a alma de gente que não sente, que mente... infelizmente. Trombamos, ombro com ombro, com gente que põe questões pessoais facilmente acima de um bem maior. Gente que não se importa em destruir, sob uma alegação aparentemente plausível, todo um jardim florido, só para provar que é capaz de demonstrar força. Gente que discursa, sorri e que ajuda, mas, ainda assim, maquina o mal não se importando se para demonstrar o que quer vai desmontar o bem comum.
Não sei se gente que pensa assim tem a dimensão do significado de sua existência. Quero dizer, estamos soltos em uma das inúmeras galáxias de um universo que não conseguimos dimensionar, estamos em um planeta com bilhões de pessoas, planeta em que se o sol se esconder, tudo perde sentido e vida. Lugar onde se as águas dos rios secarem pouco nos restaria; de repente um meteoro e “Boom”! Somos frágeis demais! E a pobreza de espírito com que cruzamos diariamente nos faz questionar porque existe gente assim. Talvez seja só pra deixar bem à mostra a verdade divina que diz que em uma mesma plantação existem joio e trigo. Talvez para nos encartarmos com quem sorri de graça e de verdade, para nos embriagarmos com quem planta flores até que o seu jardim e o do outro sejam um só, talvez essa gente seja só o contra ponto dos que preferem cantar junto a vaiar o canto alheio, e que, sobretudo, são incapazes de prejudicar um monte de gente só pra sentir-se – tal qual o efeito de um entorpecente - satisfeito pela momentânea sensação de prazer pela falsa vitória. Ledo engano... Vitoriosos – ainda que não pareçam, já que gente amarga faz barulho e estrago - são os que conseguem acreditar nas flores que vencem o canhão! E, ainda mais felizes serão se conseguirem desligar-se dos gritos de desespero dos que preferem o ofício de destruir. Só lamento pelo cheiro que vem das almas amargas. Entretanto, agradeço a Deus pelo perfume dos que continuam semeando, ainda que tenham que lutar todo santo dia, contra o instinto de entrar em guerra, sob o lema do custe o que custar, até que isso nos custe tudo: a paz, a beleza, o amor, a lealdade, a compaixão, o sorriso, a leveza e a vida. Definitivamente, não vale a pena.

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Alguém disse...

A mulher madura não dá tchau... ela acena. A mulher madura não gosta de ser vigiada... ela prefere ser escoltada. A mulher madura não é mode...